antes que seja tarde puxo-me pelo sorriso
e sigo sem pretender saber
para onde vou ou quando - algures -
irei chegar.
deixo que os perfeitos vegetais
se enraízem com suas razões -
eles o vento desfolha e balança
como bem quer.
prossigo; "driblo o tempo"
que insiste em me encarar
"afirmando que já passaram meus eventos...
saltito em paralelepípedos
de momentos, entre pipocas e balas de menta."
antes que morra o dia, tranço o crepúsculo construo um cômodo
para a noite; redoma que não aprisiona-me em traumas,
mas irradia-me devaneios
e sentimentos quando algumas palavras
incendeio para ser natural em pele e alma...
assim, à descoberta,
preparada estarei para ser
levada pela enxurrada da
prometida chuva,
e se o sol, entre as nuvens, me ver partindo,
lembrar-se-á de mim, sorrindo,
porque foi bom me conhecer.
Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.