Horizontes de silêncio
amanhecem nos meus dedos,
nesse olhar de olhos cegos,
que abarco no insano intento
de deambular contra os medos.
Palavras que a solidão abraça
no deslumbre do momento
em que o tempo me trespassa.
Dádiva fremente que me urge
pelo burilar subtil do substrato,
no exacto instante da nascente,
onde à flor da pele o verso surge
e me lança ao sonho p’la corrente.
(Rui Tojeira)
In \\\'Horizontes de Silêncio\\\'