Já lá vão duas primaveras e meia,
Desde que vi aquele infinito de felicidade,
Desde que vi aquela inquietação, aquela perdição
Já quase perdi a conta das vezes em que,
Os meus pensamentos entraram em ebulição.
Já perdi a conta das vezes em que,
Chorei, chamei, rezei,
Pelos meus deuses, pelos meus feiticeiros, pelos meus curandeiros,
Para que me dessem o engenho de lhe dizer:
O quanto eu a admirava,
O quão ela é linda e faraónica,
O quanto ela é graciosa,
O quão eu ansiosamente desejava ouvir a sua voz....
O quanto eu...
A verdade é que ela continua a ser a inquietação mais ternurenta que já tive!
Diz-se que o ser humano é uma obra prima!
Como é que se chamará,
A coisa mais sublime que uma obra prima?
Certamente, serias tu!
Diz-se que Deus usou a matemática
Para desenhar a moldura de tudo que existe
Nos céus, no mar
Eu digo que a beleza, o encanto, a ternura, a cor
De tudo que existe foram,
Certamente, inspiradas em ti!
Já lá vão duas primaveras e meia
Em que o meu olhar ficou eternamente suspenso,
Nessa tua beleza idílica, nesse teu olhar humilde.
A tua presença ilumina o palco dos meus sonhos.
Enquanto a tua beleza faraónica e o encanto da tua alma existirem,
Eu não pararei de cantar estas humildes palavras para ti!
Simplesmente porque......já não consigo parar!