Um poema é uma adaga
Com dois gumes
Ou é amor e alegria
Ou é dor e agonia!
Só que não sabia
E fui escrevendo
O que pensava saber
Ou sabendo o que não devia
Mas escrevia!
Escrevia a torto e a direito
Sem preceito
Só o que a alma sentia.
Mas eu não queria
Abrir a alma ao mundo
Tão cheio e profundo
De malévolas agonias!
Mas o que me deu?
Foi esta dicotomia
Entre o amor e a alegria
E o pão de cada dor em cada dia!
Mas sonhar é fácil
Dificil é viver cada cada ilusão
Quando desfalece o coração!
Um poema é uma adaga
Com dois gumes
Ou é amor e alegria
Ou é dor e agonia
Tenho dito!