Há abraços que esperamos
pela vida destruídos
afinal o que guardamos
são sonhos esquecidos.
São esperanças ressentidas
são vidas desgarradas
ai glórias esquecidas
ai gentes mal-amadas.
Quem vai e vai em vão
é ir que sente fome
ai tristeza que me dão
ai ânsia que consome.
Trago a vida iluminada
como um grito de ilusão
ai gente de tão cansada
tão longe do coração.
Ricardo M. Louro
Do repertório da Fadista Celeste Rodrigues
Ricardo Maria Louro