Poemas -> Reflexão : 

COMO SE FOSSE EU

 
amo a dor que não me dói
divido a letra do que não escrevi
o deslumbramento não revelado
contempla-me olhar-te e ver-te
e se foges, finjo que, eu de ti fugi
jogo dados com o universo.

ando distraído, talvez na suavidade da ida
encontro-te minha, inocente e toda minha
desenhada pelo vento.
solidão sem solidão

quero-te flor minha em espigas de flores
com os olhos, teço uma cerca de perfume
na primeira diligência da primavera...

para ter-te, rasgo o infinito, num fogo frio
ressuscito-te o nome na garganta
junto um pedaço do mar ao pedaço teu
e dou-te inteirinha para minha metade fria
pra ter inicio que seja agora,
como se fosse eu, uma roupa amada, que vestes.
chega a ser azul, derramada sobre o tempo.

de onde tirais tanto azul?


Veríssimo & Vânia Lopez


José Veríssimo

PARCERIAS E POESIAS,
SÃO APAIXONANTES OS CAMINHOS POR ONDE ANDA A VÂNIA LOPEZ, ESTRELA DE PRIMEIRA GRANDEZA; ESTE TEXTO NÃO CONSIGO SABER O QUE É DE MINHA AUTORIA E O QUE É DELA, NUMA PERFEITA, A MAIS PERFEITA SOLDA QUE O ENGENHEIRO PROJETA E O SOLDADOR EXECUTOU, NÃO HÁ FENDA...NÃO HÁ TRINCA...OBRIGADO PPPPPAAAAAAAARRRRCCCCCCCCCCEEEEEEEEEEEEEIIIIIIIIIIIIIRRRRRRRRRRRRAAAAAAAA
 
Autor
veríssimo
 
Texto
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Enviado por Tópico
Semente
Publicado: 18/01/2015 18:42  Atualizado: 18/01/2015 18:42
Membro de honra
Usuário desde: 29/08/2009
Localidade: Ribeirão Preto SP Brasil
Mensagens: 8560
 Re: COMO SE FOSSE EU
Encantada, encantada com a beleza dessa poesia, e dessa dupla de poetas, que sintonizados produziram um texto literário perfeito. Mil parabéns,
E obrigada pela partilha, e pelo entusiasmo que me proporcionaram!
Bravos!

Abraços e beijinhos, ao Veríssimo e a Vânia Lopez!!









Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 20/01/2015 03:51  Atualizado: 20/01/2015 03:51
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 18598
 Re: COMO SE FOSSE EU
tua generosidade foi imensa comigo... teu poema estava pronto.
mas me apaixonei por ele, e quis intervir. (pura paixão)
sou réu confesso.
não há fenda, não há trinca... obrigada.
mão que continua a minha... ou apenas permite, em sua infinita folha,
descansar minha palavra. obrigada eu, pelo presente.

de onde tirais tanto azul?