Ao meu ideal
Tu passas e não vês; tu olhas e não sentes;
Eu para ti nem sombra chego a ser,
Para ti, não existo, podes crer...
Leio também nos teus olhos ardentes!
Andas ceguinho a procurar alguém
alguém que sabes sonhar um ideal...
Ver não me vês... Se eu estou tão banal,
tão mesquinha, tão pequena, tão ninguém!
Eu queria colocar no teu olhar
a luz eterna dos meus infantis olhos
e nunca mais, nunca mais poder ir...
Em tuas busca com os pés a sangrar
achando em teus passos só abrolhos
e recebê-los com olhos a sorrir...
Maria Helena Amaro
16/10/1954
http://mariahelenaamaro.blogspot.pt/2015/01/ao-meu-ideal.html
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