O mar chora por não banhar Minas,
Suas lágrimas são imensidões de cachoeiras
Que fecundam a face duma terra hospitaleira
E onde garotos silenciam o cio das meninas...
Oceano bravio das longes serras, solidão...
Matas verdes desconhecem o sabor da saudade
E as vagas sentem da Geografia a impiedade
Pelo isolamento que é mácula e ingratidão!
Crueldade do destino ao torvelinho salgado
E às tempestades que jazem sem procelas
Perante rios que correm constrangidos...
As gaivotas cobram da natureza este pecado,
Pois, nas Gerais edificariam passarelas
Onde o amor seria abundantemente consumido!
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Poema de Ivan Melo e Flor de Afrodite