DESPRAZER
(Jairo Nunes Bezerra)
Quando a sensualidade deixa de ser sensualidade,
E a sublimação do amor se evapora no espaço,
Vai-se aos poucos a nossa felicidade,
Ante tristes e sucessivos ocasos!
É quando a fatalidade se propaga radicalmente,
Deliberando sobre as nossas decisões enraizadas...
E, submisso ao seu ditame, de repente,
Seguimos impulsivos por estradas desativadas!
E o tempo celere alheio às intempéries da vida,
Transforma os nossos anseios em lutas renhidas,
Metamorfoseando os nossos sentimentos!
E privado de nossas fantasias vão-se os desejos,
Isolados de novos e vigorantes anseios,
Deixando-nos desolados, sem entretenimentos!