A Jenário
Desde origem informe de embrionário
Quando foste cerebralmente torto
- Livre da culminância vil do aborto,
Quiseste ser homem, poeta e Jenário.
Como poucos, formou-se o maquinário,
Avantajado no efeito do absorto,
Enche de vida qualquer verso morto
Se alvo de seu fértil imaginário.
A Jenário que não creio seja gente
Mas a forma poética dos arrebóis
Que sempre toca e toca intimamente...
Que bom neste mundo estejais entre nós...
De grande alegria gozam teus docentes,
Infinitamente felizes teus lençóis!
Álvaro Silva. ©
Este singelo soneto já o fiz a algum tempo em homenagem a um grande poeta do qual sou admirador: Jenário de Fátima.