ENFIM…LIVRE!
Sou um escravo, cuja atribulação começou
quando meus lideres tribais, me venderam por
estarem vendados,
vendados com o véu da ambição,
alimentado pela ignorância.
Sou um escravo, que nem um cravo recebeu,
pela labuta,
labuta que me levou as terras
dos que se diziam meus donos. (donos?)
Meu corpo negro, nú, ensanguentado, dolorido
e acorrentado,
foi vitima de humilhante
tortura e privações, por parte daqueles que
se dizem “civilizados”. (civilizados?)
Os que se dizem “homens de Deus”, usaram
hipocritamente a imaculada escritura sagrada,
para consagrarem como actos de Deus, os
golpes infligidos à mim e a minha
parentela… justificavam uma justiça
injusta. (justiça?)
A humilhação da minha condição,
passou a
atormentar o consciente inocente, de uma
geração mais humana.
Então… nesse caso,
o acaso da vida se
encarregou de arrebentar as correntes que
até hoje me deixaram marcas, que
resistem ao tempo.
Foram séculos de servidão, escravidão,
submissão, que agora se transformaram num
brado:
Enfim… estou livre!!!