Na vida, dura luta que travei
Distante dos amores, perseguida
Em mantos tão promíscuos eu te amei...
Sem lenços pra chorar tão fria vida.
Quem dera o manso fado te romper!
Em fios d’oiro nus, neste luar
Gaivotas que os escudos vão prender
Nas liras soltas cruas deste amar!
Eu sigo pela nuvem , rede calma
Sonhando que por anjos vago n’alma
Sem as amaras fortes, vis correntes;
E pronta pro castigo, sinto o dia
O peso do passado que me guia
Como a donzela triste, inconseqüente!
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)