Uma mulher grávida, anda de mansinho pela calçada, barriguinha bem saída p¬`ra fora, denunciando a presença de um novo ser, uma vida portadora de outra vida. Que milagre!
O choro de um bebé, choro pela ânsia de ser afagado pelo afável e acolhedor colo da mãe. Que mimo!
Um monandenguê (garoto, em português) correndo pela rua poeirenta, pés calçados pela natureza, tronco nu, conduzindo um velho pneu. Que inocência!
O sorriso de uma criança, sorriso contagiante, irradiando alegria, energia e vitalidade, de viver mais e melhor. Que esperança!
Ao fim da tarde, um grupo de musangalas (jovens, em português) sentados no muro, falam do dia na escola, dos dribles do André, dos namoricos do bairro, das malandrices da Rita, das chatices do Sr. Gouveia, pai do super protegido Zeferino. Que memorias!
Um aldeão passeia pelo campo, farejando o agradável aroma e fragrância da abundante vegetação dos campos, que se estende pelos vales e pelas colinas, entrecortadas por aguas cristalinas de um rio transparente, que revela peixes coloridos, flores e plantas multicolores e pedrinhas prateadas que adornam a inescusavel beleza que retratam maravilhosamente o projecto do deslumbrante PROJECTISTA. Que paraíso!
Ao cair do dia, principio da noite, sob o olhar da luz do luar, um grupo de monandengués fazem um circulo, um circulo para brincar, para jogar…e jogam na rua…brincando vão jogando… Que fantasia!
É sábado a tarde, os mais velhos do bairro, reúnem-se no quintal do Ti-Gouveia, onde bebem do melhor caporroto (bebida caseira de Angola) da dona Xica, ao beberem conversam em voz alta, falam das turras da vida: a esperteza da politica, a rabujentices das mulheres, o atrevimento das sogras, as brigas com os patrões, o futebol de fim de semana e mais… mais. Que piadas!
Ao meio dia, na casa da tia Jú, um grupo de amigos, saboreiam uma apetitosa refeição, enquanto comem, não param de conversar sobre as incontidas alegrias de respirar o ar da vida, deixam escapar risadas e gargalhadas expontaneas que vem da boa condição do coração. Que coisa boa!
Um homem e uma mulher, um casal passeiam pelo parque, conversam amavelmente, trocam olhares indiscretos, dominados pela avassaladora paixão, não se contêm e se abraçam, unindo os corpos num momento “mágico”, que só a paixão proporciona. Que romântico!