Quando vestida tu me fascinas, sem roupas me leva ao pranto,
Eu nunca vi tamanho encanto, neste teu corpo de menina,
Por ser maior de sessenta, tua educação me acrescente,
Sedução em meus estímulos, e juntos numa mesma cama,
Sempre que a gente se ama, o mundo fica menos cinza.
Meu corpo exala os desejos, minha alma sugere um reparo,
E assim esqueço os teus beijos, que me fizestes vassalo,
Mais valeu enquanto durou, no mais por ti eu me calo.
Venha ser o meu querosene, acuda minha lamparina,
Quando a noite se aproxima, ala ameaça se apagar,
E não precisas ser menina, basta que tenhas bom gosto,
E tragas contigo o pré suposto, de que o amor não tem um dono,
Para que mesmo juntinhos, desfrutemos em nosso ninho,
De momentos de abandonos.
Minha semana começa, como cartas de baralho,
Que depois de um jogo intenso, ficam jogadas as traças,
Mas espera um jogador, que as acolham com amor,
E as manuseiem com carinho, e as coloquem em seu lugar,
Para que possam desfrutar, do aconchego do seu ninho,
Então venha me acudir, não me deixe desistir
De ser refém dos teus apegos, pois adoro os teus chamegos,
Você já é parte de mim.
Ouço o canto da biqueira, colado na minha janela,
E então me lembro da donzela, que me iludiu desde pequeno,
E quando chegou à fase adulta, ela preferiu ser puta,
A me entregar a sua flor, mas nem com raiva fiquei,
Outras prendas namorei, e não desonrei a nem uma,
Tudo como Deus ensina, e com as mulheres das esquinas,
Muito bem sempre me dei.
Enviado por Miguel Jacó em 30/12/2014
Código do texto: T5085390
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Miguel Jacó