Ilusões são tempos perdidos;
Ilusões são sonhos escondidos;
Me encontro nos desencontros;
O tempo passa cada vez mais depressa;
Os sonhos não nascem mais, apenas, no teatro uma peça;
Me desencontro nos encontros, o poeta confessa;
Surgem as metáforas da vida;
Amor que não recebe a guarida;
Pássaro que voa, com sua asa ainda ferida;
Foi dada aqui sua sentença;
A falta que me faz tua presença;
Me resta esperar, e ter um pouco mais de paciência;
Desconfio dos homens e amo os animais;
Talvez você ainda não saiba, a falta que você me faz;
Afiada penetra a ponta da lança, do guerreiro sagaz;
No coração valente, de quem se importa, e de amar sofre demais;
Talvez fosse mais fácil, apenas pelo campo, eu correr;
Me encontro nos desencontros, bem melhor, eu me esconder;
Escondido, feito brincadeira de criança;
Talvez aquela lança, seja um lembrete de que, há, ainda esperança;
Espero o dia, sem contar o tempo, de cheirar os teus cabelos, tão bonitos, feitos de trança;
Ilusões são tempos perdidos, me diziam meus amigos;
Ilusões são sonhos escondidos, e sem voar está meu amor, feito um pássaro ferido;
Me encontro nos desencontros, não vou viver mais escondido;
Me ache em meio ao labirinto, alimente meu amor, que por ti anda faminto;
Viverei, bem mais que em sonho, se você estiver comigo;
Conserte as minhas asas, e no céu, venha voar, para sempre e sem destino;
Agora que posso voar, as ilusões voltaram a ter sentido;
Os sonhos voltam a me acordar, não ando mais em desalinho;
Se seu amor você quis me dar, o recebi, no bico do mais colorido passarinho;
Vem comigo fazer amor, até adormecermos no mais confortável e puro linho;
Venha e não saia mais daqui, pois, meu amor, aqui é nosso ninho.....
Marcio Corrêa Nunes