Quando me pedes da cama uma beirada,
E o teu perfume me chega antes que você,
É certeza teremos uma noite animada,
E é prevalente os teus desejos sobre os meus,
Dos teus montes não me farto nem dispenso,
Os manuseio como fosse cego das vistas,
Mas minha tática é sentir os teus arrepios,
Pois os teus pelos me concedem todas as pistas,
As tuas vestes logo caem do teu corpo,
E o meu corpo, quando me vens já está despido.
O incenso do querer, exala amor e paixão,
Depois que eu vi você, disparou o meu coração,
E a fumaça que vinha, das bandas de uma vizinha,
Perturbava a minha mente, tive que fazer escolha,
Sem botar na água a rolha, que representa o teu ser,
Permanecestes em mim nos amaremos até o fim,
Meu mundo é eu e você.
Quando me dissestes vem te desfazendo das vestes,
Foi como se me pusestes aos teus pés como refém,
Olhando em teus lindos seios eu perdi todo receio,
Olhei pro céu e disse amem.
Me conceda o teu colo, me tire deste aperreio,
Deixe eu brincar com teus seios, prometo não cometer dolor.
Sem juras de amor eterno, sem paixão que mata e morre,
Sem as brigas que discorrem, quando o querer vira um inferno,
Apenas com os nossos gozos, que os outros morram de inveja.
Tenho fome de você, porém te fazes indigesta,
És como arroz de fim de festa, que todo mundo já comeu,
Mas se quiser te recompor, e tudo em nome do amor,
venhas ser um arroz só meu!.
Vou me esvaziar de mim, com a pretensão de absorver-te,
E quando ouvir você dizer-me, continue que estou gostando,
Então terei a certeza,
Que mesmo encima da mesa terminaremos gozando.
O amor é tudo e é nada, é a cheia e a secura, é o mel e a rapadura,
É a vida, e é a morte, é a pitada de sorte, para poucas criaturas.
Enviado por Miguel Jacó em 27/12/2014
Código do texto: T5082454
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Miguel Jacó