Rasgaste a vida pelo silêncio
Quando pariste a mudez da voz
Castraste o sentimento e a dor
O prazer de um dia sermos nós
Sermos velas ao vento, sabor
Ergueste muros por igual silêncio
Estremeces a terra e os pardos céus
Envelhecidos nestas mãos calejadas
Que condenam juízes como réus
Choraste teus filhos da guerra
Entre ondas de mares revoltos
Pedras soltas em chão de terra
Quiseste ser mais alguém
Que não questionasse ninguém
Voz de céus revoltos, de ninguém
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma