Do pano acinzentado que cobre teu rosto
Basta-me arrancá-lo e deixá-lo no chão.
Muito é pouco diante de uma ocasião,
Por isso sei que não morrerei de desgosto.
Fechei teus sonhos perante o tempo,
Deixei que teu véu escondesse teu disfarce,
Agora resta conhecer do que me provocaste
E tecer a melodia que arrebate teu sentimento.
Hoje não é ontem... amanhã será depois,
Em ti vejo sombras que são imagens de nós dois
Sobraçados num regalo de amor sem sacrifício...
Teu semblante não é vergonha, nem limite,
Desejos são os grãos de areia que me seduziste...
Teus olhos mostram que é amor desde o princípio!