Desde a primeira infância, Descartes já dava mostras de seu apego às coisas da matemática. Não era raro encontrá-lo absorvido em atividades lúdicas com jogos aritméticos, em montagem de conjuntos, em adições, subtrações etc.
Posteriormente, no colégio em La Flèche, esse gosto progrediu e se consolidou, mas, então, a afeição pela Matemática já não era apenas pela matéria em si, mas, principalmente, por ser a mesma um tipo de espelho no qual a Filosofia deveria se mirar para produzir respostas tão exatas e passíveis de comprovação quanto são as matemáticas.
E o seu interesse não se esgotou na vida escolar, por isso, ao entrar na casa dos vinte anos, frequentou várias “Sociedades de Matemática” em Paris e noutras localidades, além de manter o mesmo entusiasmo enquanto servia na vida militar.
Depois, em 1637, num pequeno texto chamado de “Geometria”, inserido no livro “Discurso sobre o Método”, ele deu à humanidade a célebre “Geometria Analítica”, cuja importância ainda hoje é reconhecida.
No próximo capítulo abordaremos o “O Método”, que para muitos é marco inicial da Filosofia Moderna.
Lettré, l´art et la Culture. Rio de Janeiro. Primavera de 2014.