*No Natal
A estela viajava lenta
Os magos atentos à chegada.
Era tanto silêncio, e beleza,
Que a gruta quieta a chamada,
Acolhia os seres inquietos
Com olhar brilhante, sopro quente,
Servia de cobertor, de aconchego,
Nas palhas macias pertinentes.
A mãe sorria para o menino,
José cabisbaixo contemplava,
Os magos com presentes tremiam,
O mundo inocente ignorava:
Que o rei acabara de nascer
Para unir as nações, ensinar
O perdão, a fé, a igualdade,
A cada pessoa, em cada pensar,
Em cada ano, em cada momento
Em qualquer lugar, e na dor
Emergir do abismo iminente,
Para crer em Deus, o Salvador.
Sonia Nogueira