Poemas : 

À LUZ DAS VELAS

 
Open in new window


Não longe daqui,
em algum lugar

um sino repica um acorde
que me chega feito canção
alento de esperança
murmúrio
de uma oração...


noite que se me faz diferente
e tão bela!

o céu derrama
avalanche de estrelas
meus olhos molhados
desvanecem
de vê-las...


fico, então,
com as fagulhas da chama
das humildes velas que evolam
centelhas luminosas a refletir
o brilho úmido
do meu olhar...


pra renascer de mim mesma
desvencilho-me

das sombras que carrego
de ignóbil imperfeição
pra me sentir boa e pura
nessa noite
da minha solidão!


Maria Lucia (Centelha Luminosa)
)


Por não saber do brilho das estrelas,
alumio veredas dentro de mim


Open in new window


 
Autor
Semente
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1858
Favoritos
4
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
71 pontos
25
7
4
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 24/12/2014 19:07  Atualizado: 24/12/2014 19:07
 Re: À LUZ DAS VELAS
à luz das velas acontecem tantas coisas boas e inesquecíveis. e este poema alumia a ternura no olhar do leitor. parabéns, cara Maria Lucia


Enviado por Tópico
atizviegas68
Publicado: 24/12/2014 19:16  Atualizado: 24/12/2014 19:17
Usuário desde: 09/08/2014
Localidade: Açores
Mensagens: 1538
 Re: À LUZ DAS VELAS
A poesia bela conta a história
de uma noite que embora tão curta
leva luz a muitos de nós.

Obrigada por iluminar o rosto
com a beleza do seu sentir.

Parabéns.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 25/12/2014 03:44  Atualizado: 25/12/2014 03:44
 Re: À LUZ DAS VELAS
Lindoooooooooooooooo querida!


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 25/12/2014 04:54  Atualizado: 25/12/2014 04:54
 Re: À LUZ DAS VELAS
E é paz acessa.




Abraço,







Coletivo


Enviado por Tópico
Eureka
Publicado: 25/12/2014 13:33  Atualizado: 25/12/2014 13:33
Membro de honra
Usuário desde: 01/10/2011
Localidade: Lisboa
Mensagens: 4297
 Re: À LUZ DAS VELAS
Maravilhoso poema Maria lúcia.

Poema delicado, replecto de palavras suaves bem colocadas, que nos indicam uma leitura tão feliz e bela a fazer da forma mais tranquila que nossos corações poderão conseguir.

Parabéns, esse teu poema me deixou nas nuvens.

Beijinho e Santo Natal
Eureka


Enviado por Tópico
MarcusRios
Publicado: 25/12/2014 16:11  Atualizado: 25/12/2014 16:11
Membro de honra
Usuário desde: 03/08/2014
Localidade: Iúna - Espírito Santo
Mensagens: 2141
 Re: À LUZ DAS VELAS
Que o meu poema faça com que o teu coração sinta neste momento o desejo de se sentir amada e poder ver que o mundo sem amor não é anda nesta vida.
Beijos


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 25/12/2014 20:54  Atualizado: 25/12/2014 20:54
 Re: À LUZ DAS VELAS
Tão longe e, tão perto, poema cheio de luz, enternecendo
os corações. Parabéns Semente.


Enviado por Tópico
RayNascimento
Publicado: 25/12/2014 22:29  Atualizado: 25/12/2014 22:29
Membro de honra
Usuário desde: 13/03/2012
Localidade: Monte Roraima - tríade fronteira Brasil/Guyana Inglesa/Venezuela - - Amazônia - Brasil
Mensagens: 6573
 Re: À LUZ DAS VELAS
A noite de solidão
Mais bela vestida
De versos desenhados
"À LUZ DE VELAS".
Somente um verbo cabe
P-e-r-f-e-i-t-o
Me permita
Favoritar + 1.
Ray Nascimento
Open in new window


Enviado por Tópico
Volena
Publicado: 25/12/2014 23:07  Atualizado: 25/12/2014 23:07
Colaborador
Usuário desde: 10/10/2012
Localidade:
Mensagens: 12485
 Re: À LUZ DAS VELAS P/Semente
Ai!...Sementinha, sementinha que tanto brilho dá ao mundo! Vólena


Desenvencilhou-se ou não...
bastou olhar para o Céu
ver as estrelas, sorrir
e atirou fora, a solidão.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/12/2014 01:24  Atualizado: 26/12/2014 01:24
 Re: À LUZ DAS VELAS
Engraçado como as chamas das velas, tão sutis, tem a capacidade de iluminar como farol o nosso interior. E está aí bem claro e viva...a ternura, a tranquilidade das palavras, nessa avalanche de estrelas, que transmitem pelos olhos molhados o som de pequenas e doces marolas...desenhou a pureza. E teu poema me levou a uma praia, enluarada e presenciado pelas estrelas, onde centelhas, de um fogo que me é íntimo, se espalham iluminando a maresia. Muito bonito mesmo...e tão..tranquilo...Parabéns!! Beijão!!


Enviado por Tópico
Monstro-daslágrimas
Publicado: 26/12/2014 09:17  Atualizado: 26/12/2014 09:22
Da casa!
Usuário desde: 05/08/2014
Localidade:
Mensagens: 315
 Re: À LUZ DAS VELAS
Suave no inclinar doce da sua alma …
Assim senti o seu poema a florar em mim…
Um milhão de parabéns!

Ao ler esta estrofe fez me recordar algo que o meu avô me dizia;
“o céu derrama
avalanche de estrelas
meus olhos molhados
desvanecem
de vê-las...”


… Ele dizia… que as pessoas não deviam emigrar para o céu, quando o corpo deixa de servir a alma, porque não existe mais espaço no céu …
Só percebi mais tarde que o céu é feito de saudade e abarrotar de estrelas … a maioria adormecem e deixam de brilhar sonhando com o seu regresso …
Não sei porquê, esta sua estrofe fez me visualizar o inverso, quanto nós visualizamos as estrelas … aquelas que amamos e vamos sempre amar …

Desculpe comentar o seu lindíssimo texto desta forma, é que me fez chorar e lembrar …graças à sua sensibilidade incalculável e à sua beleza melífera …

E por favor, não devia sentir a solidão, existe tanta gente que a ama, eu sou um deles que ama a expressão do seu coração nas letras …

Um abraço, e levante esse sorriso para iluminarem todos os olhos que a admiram …


Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 26/12/2014 12:32  Atualizado: 26/12/2014 12:32
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: À LUZ DAS VELAS
Bom dia maria Lucia, por vezes precisamos nos entregarmos ao vazio para poder percebermos a beleza em suas minúcias, através de pequenos gestos, parabéns pelo eloquente poema, um abraço, MJ.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/12/2014 20:24  Atualizado: 26/12/2014 20:25
 Re: À LUZ DAS VELAS
Penumbras que se condensa em nossos espíritos, que se refugiam de nossos corpos esmagando cada pedaço de nosso sentimentos, nos desprezíveis das noites amargas de um vazio que chora a solidão