Procurei pelo infinito,
por entre as pedras soltas de uma vida
para com elas construir a eternidade pretendida.
Colei todas as peças de um puzzle,
que ilustrava o sonho de uma existência
encaixando-as com a paciência de um santo.
Juntei as ilusões ,
que recolhi na estrada florida do sonho,
onde a realidade era uma desconhecida.
Pedi permissão à lembrança,
para apagar da memória as tristezas,
que enegreciam a minha história.
Depois desta longa caminhada,
senti-me iluminada pelas estrelas cintilantes
que me conduziram a um tempo perdido.
Cheguei à muralha da vida,
com passos curtos e certeiros,
onde sequei as lágrimas da ilusão, com o amor.
Contemplei no horizonte,
o sonho que voava nas asas do vento
dizendo de longe,anda vem para este acampamento.
Colhi na planície da felicidade,
a flor do sorriso que eu tinha perdido,
num Inverno de que já estava esquecido.
Há noite deitada num areal,
vi a voar nos braços de uma estrela cadente
o meu amor, que tornaria este sonho diferente.
Acordei nos braços de um príncipe,
escutando no silêncio do meu sonho
uma declaração de amor, o final de um poema risonho...
angela caboz