Movido pela apatia,
Minha vida é inerte,
Busco na filosofia,
O ar que me diverte
De amor nada entendo,
Do ódio eu abdico,
É a vida me corroendo,
Mas continuo pacífico.
Escrevo minha fadiga,
Busco não lembrar dela,
Já me deu as alegrias,
Mas agora me flagela.
Vai morder bunda de outro,
Ou chupim sem qualidade,
Hoje se quer tomei banho,
Mas te presto caridade.
Cada dia uma tormenta,
Instaura-se a calamidade,
Mas a vida que afugenta,
É movida por saudades.
Ser poeta é vir aqui,
Poder te cumprimentar,
Por ter escrito tão bem,
Algo a me representar.
Cada dia mais distante,
Sem a mínima condição,
Minha alma pede tanto,
Pelo teu nobre coração.
Tua voz já me ecoa,
Falar-me nem necessita,
Como patos na lagoa,
Nossas almas se visitam.
Em primavera florida,
A vida tem seu encanto,
Cada palmo da avenida,
Ah de receber meu pranto.
O vazio me persegue,
Preciso ser afagado,
Quando a ti me entrego,
Desejo ser abraçado.
Enviado por Miguel Jacó em 07/11/2014
Código do texto: T5026469
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Miguel Jacó