[Sol da manhã]
Olhos cheios de vazio
Fitam o colorido, alaranjado escuro
Do por do sol que obscurece o futuro.
Nas areias molhadas
O passado deixa pegadas,
O presente rabisca poesias encantadas,
E o futuro mergulha
No profundo oceano obscuro.
Pensamentos voam entre gaivotas
Pés descalços pisam em pedras bonitas
E correm em torno de jardins coloridos
De árvores de ouro
Abafando da solidão
O seu apavorante e triste coro.
Diante do sol da manhã
Em meio ao vento rasante
Sua voz suave me serve de calmante.
A visão de um mundo em ruínas
Agora esta encoberta
Por risadas quentes e ternas.
No coração do sol meus olhos
Nascem como borboletas
Mesmo que o entardescer
Obscureça a esperança.
Um novo ser
Sempre se renova
A cada amanhecer.