eu queria falar de amor, falar de um amor que só pode falar quem já conheceu
todas as faces e fases de um amor como o meu.
queria falar do que é ficar do lado de dentro esperando chegar o vulto, a sombra na janela
e falar da da dor que se tem quando vem a madrugada e não se tem alguém
eu queria falar de um amor que ainda agita o coração e qua ainda tira a razão e sem razão permanece igual ou maior
um amor talvez patético
um amor que me envergonha e e me emudece
ainda assim é um grande amor!
um grande amor que ainda fere e ainda me atira no chão, ainda que eu queira:
levantar-me e dizer Não!
mais que ao mesmo tempo eu respeito!
respeito cada lágrima que me fez chorar
respeito cada riso que me fez soltar.
e ainda tenho dentro de mim, uma lembrança do primeiro olhar,
e do primeiro beijo
e é por isso que esse amor eu respeito.
esse amor poderia ter sido tão diferente, tão rente ao eterno
mas se perdeu no caminho e só se encontra em meus versos
e o vendo assim, parece tão lindo, tão imensamente terno
que mal cabe no tempo e assim se faz eterno.
queria falar de um amor que canta pela manhã e chorava a tarde e espera a noite!
queria falar de um amor que aninhava, beijava e sentia solidão.
eu queria falar de um amor que remonta uma história
uma tragetória, uma tragédia.
um amor simples e às vezes comedido se fez pra sobreviver
falar de um amor que muitas vezes tratado com crueldade se armou da verdade e venceu
eu queria falar apenas que amei,
falar apenas que fui amada
falar apenas que vivi todas as fases e faces de um unico e verdadeiro amor.
Cristhina Rangel
Cristhina Rangel