Sonetos : 

soneto dos bucos aos cães

 
Magros cães, destros, feros açulava
Dos Galandis, Sismondis e Lanfrancos
A companha, que à frente cavalgava.
“Em breve o pai e os filhos, lassos, mancos,
Já dos famintos galgos mal feridos,
Dar pareciam últimos arrancos.



A Divina Comédia, canto XXXIII






Os bucos, aos cães os sujeites, não a outros, penitentes,
também não me ungiram com a coroa do selo sagrado,
aqui devo expiar e aprender com os que estão viventes,
nesta minha própria terra me vejo então um condenado,

Minha tristeza diz a mim, não vai perturbar a clareza mar,
toda a natureza reflete nítido retrato da perfeita criação;
não serei merecedor de tal, os desvelos sempre ei de achar;
ingênuo imaginar que o arco íris seria ponte, uma conexão.

Pois não foi dada a razão para criar harmonia na vida,
se todo homem consagra os deuses, louva os lentes,
sem almejar generosas recompensas pelos atos da lida.

Quem sabe, poderá outro sol nascer sobre dias amenos,
sobre contos de fadas, florestas encantadas, outros entes;
por enquanto, indiferença e frieza polvilham qual venenos.





[esses venenos letais














que

















aniquilam




















pois..............

 
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shen.noshsaum
 
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