Prosas Poéticas : 

MEXERICA CANDONGUEIRA

 
MEXERICA CANDONGUEIRA
 

Na roça de coiêta feita sortaro us boi pra apruveitá a paiada seca. O miio quebrado foi puxado nus burro carguêro pru terrêro da fazenda.

Os boi entrô quebrano, fazeno a dirrubada e pastano o qui tinha pela frente; massô e cumeu tudo dexano o resto das cana de miio deitada.

Sobrô numei da siquidão, do limpo pisado, parmiano uma pedra, um frondoso pé da mixiriquinha fedorenta, - carregadinzin.

Ê-tava bunitin, virdin, das fôia miúda, muntas fôia e da copa ridundinha. Entrimêi as fôiage, têia de aranha -, uma caxa de marimbondo na-ban-di-lá; e na-ban-di-cá, iscundidin, um nin c\'uma rulinha dentro.

- Ah lá ó... uma madurinha, lá na grimpa - vai tá ducinha !

Zezé, cum\'água na boca puxô a gaia, - entrô numêi cum sacrifiço ranhano nus ispim, mais pegô.

Huummm... qui coisa sô!!!

... da ôtra banda dela um buracão. O fédamanha du marimbondo tava cumeno e quais firruô ele na mão!

Mais tinha muntas: piquena, grandinha e das bitela ... virdinha, marela e marilinha.

Chupô um tantão; encheu a camisa, pra levar pra casa, e saiu chupano pru camin.

Dalí, Zezé partiu saciado... chêi e chêroso da mixiriquinha fedorenta, da mixirica candonguêra.



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Mandruvachá
 
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