"Rio carrega rolos de água, não leva leite nem fluxos de pura luz extraída das escalas de energia. Serpente rastejando corta a cidade varrendo as silhuetas dos passantes refletidas no espelho. Como fino pincel rompendo a linha curva da sobrancelha, o traço de rímel vai ficar fantasmagoricamente preto, contrastando à luz solar e névoa das charnecas escocesas frequentadas pelo cão do demônio rugindo de sono no frio deste inverno letal. Aquele, diriam alguns, apenas um bichinho de estimação de Lord Baskerville, usando fato de linho acariciando o verão. não mais que isso.
Pois bem. Recapitulando, temos ainda que quando as plantas fantasmagóricas do pântano rompem a linha de rímel dos olhos pretos a nevoa se vai e o sol surge na charneca possibilitando que o cão saia a passear com seu dono. Ou sem ele, aos murmúrios abafados. Se bem que não carrega sozinho a sacolinha para recolher dejetos. Obrigatória por lei em alguns lugares. Em outros, nem tanto. "