Alma nua que o disfarce
Não disfarça a estrada
Percorrida pela lágrima
Em fendas de rugas
De uma face cansada
Pela corrente do tempo
Constante viver é cor
Da arte que pinta a manhã
Em esperança de se vestir
Um mundo de rosa e flor
Canta um pássaro errante
Ecoando a natureza seu grito
Em harmonia ao instante
Da primavera do soar do dito
Ao retrato de um olhar triste
Murilo Celani Servo