A CARCEREIRA
Os baldões da vida e os ventos me arrastaram
Deixando-me ao sabor da sorte e solidão
Mas inesperadamente eis que surgiu
Alguém que levou à força p’ra prisão.
Esse alguém era uma linda carcereira
Que me feriu com força e sem demora
Pôs-me de rastos, com cadeias e tormentos
E muito mais me fez desde essa hora.
Cegou meus olhos para verem ela só;
Fechou-me os lábios para serem apenas dela:
Pôs –me algemas que prenderam os meus braços;
A carcereira de mim não teve qualquer dó
Reservou-me para si naquela cela
E seus castigos eram beijos loucos e abraços,