Libertação
Morreu. Já no esquife escuro
a morte a prende com ar cansado
tanto lutou para ser derrotado
aquele coração tão jovem e puro!
Longa mortalha de extrema alvura
como a sua alma branca de jasmim
botão de rosa que alcançou o fim
quando ao longe lhe sorria a ventura!
Chorai; murchai flores, que ela morreu!
A neve branca caia lá do céu
para cobrir seu corpo ainda quente...
Venham as nuvens do azul sem fim
venham perfumes do céu e alecrim
e um anjo p´ra velar na câmara ardente...
Maria Helena Amaro
26/05/1954
http://mariahelenaamaro.blogspot.pt/2014/12/libertacao.html
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