O teu reboliço
Não nasce da sombra nem do sol
Se cria no puro girar estratosférico
Do inconformismo das estrelas
Um rebuliço donde não nasce uma tulipa
Nasce uma rosa vermelha rodopiando
E todo o teu corpo é uma pétala garrida
Que ampara as sombras fugidias que me formam.
Contudo
Loucura com loucura se paga
Uma volúpia louca
Poesia alienada
Uma chama molhada
Que acende no centro de ti
Verticalizando o meu desejo
Num ímpeto homérico
Penetrando completo o teu ser
Até tudo ser alucinação
Projectada no puro espaço