Se instalando lentamente
Foi, enfim, decretada
A loucura generalizada
Ou a normalidade proclamada
Os nascituros caóticos
Vislumbram um futuro vazio
Sentados em bancos frios de igreja
Ou ostentando lixo
Mas do útero dos excluídos
Nos restos mortais da noite
Personifica-se a inocência agonizante
Com cheiro de uma infância
Onde o caos social
Era apenas o futuro óbvio
fazendo-nos crer que o remédio é doce
E o tempo, inexorável
Descortina a realidade,
diluindo a lembrança
De uma ingenuidade cadavérica
Em um gole
Da aguardente destoante