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Re: Nos ponteiros dos ciclos...
Ray...Até Jesus Cristo teve seu momento de expressar sua ira e com esse gesto Ele nos mostrou como lidar com as intempéries da carne. Entendo perfeitamente bem cada palavra sua o que quer dizer. O que acho bacana é sua firmeza que guarda a brandura e ter consciência de que a manifestação da zanga ao sentir alvo injusto de más energias à propósito,é um direito seu como ser humano,mesmo que evoluído. Ser zen e ter paz,harmonia,não é ser debiloide e agir como se não soubesse se defender. Um das suas mais bonitas qualidades Ray é centrar na percepção de saber quando calar e quando falar e sobretudo o de viver na prática o que diz. O sábio disse que não devemos deixar o sol se por sob nossa ira,entendo que essa advertência tem tudo haver com o coração puro, sempre fazendo a prevenção contra mágoas e rancores sentimentos torpes que tendem a adoecer a alma. Sabe minha anjinha? A medida da valor de uma pessoa começa na demonstração de como ela lida com as setas enviadas para ferir,nos ataques cerceados na traição vil de silêncios vis ou de trocadilhos cretinos e você no cimo da sua dignidade incontestável,soube e sempre continua a se desvencilhar com louvor de certas pequenez. Até na guerra há de se saber manejar as armas adequadas,rsrsrs. Tem uma pequena reflexão de Goethe que inserido no contexto do que aqui escrevo para você,sei que vai entender,diz o seguinte:
«Cabe tarefa irrecusável, seriíssima, dia a dia renovada, de - com a máxima imediaticidade e adequação possíveis - fazer coincidir a palavra com a coisa sentida, contemplada, pensada, experimentada, imaginada ou produzida pela razão. Que cada um tente fazê-lo. Verificará que é muito mais difícil do que se costuma pensar. Porque para os homens, infelizmente, as palavras são de um modo geral toscos substitutos. Na maior parte das vezes o homem pensa ou sabe melhor do que aquilo que a exprime.» e seguindo a linha,deixo essa joia do Jorge de Sena:
«Levam as frases sentido que uma cadência lhes dá: sentido do não-vivido a que fica reduzido o que, escolhido, não há.
Do imo do poder ser, onde o não-sido se arrasta, ouvi cadências crescer: vaga música de ter, na vida, quanto não basta -
quanto um sentido se entenda, que nem verdade ou mentira. (Que o que dele se aprenda é como cobarde venda para que a luz nos não fira.
Luz sem luz, brilho da treva que tudo no fundo é; e a certeza que se eleva do fundo da própria treva, de exacta que seja, é.)
Levam justiça consigo as palavras que dissermos. Por quanto sentido antigo, nelas ficou por castigo o futuro que tivermos.
Levam as frases sentido que uma cadência lhes dá. É justo, injusto - o escolhido? Como quereis que, vivido, ele não seja o que será?»
Meu sincero reconhecimento pela sua maestria,meus aplausos respeitosos e olhe miguxa:Firme,força!!Você é especial,não foi pelo acaso que seu nome é Ray Nascimento. Bjs e bjs e bjs,amo muito você,que paz e o zelo dos anjos estejam sempre ao seu redor.
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