A felicidade passou por mim? Ou ainda não veio?
Talvez a tristeza seja mais apropriada para mim,
Vivo de incertezas e não sei enfim
O que expressa a minha ânsia neste devaneio,
É surreal, tentar trilhar um novo caminho se o receio
É história impressa numa alma um pouco afim.
Nada inicia neste peito com medo do próprio fim,
O tempo se presume sempre das certezas alheio.
Perdi-me da alegria, e não vejo sentido
De correr atrás, Caio em mim e me olvido
Num vácuo intemporal interminável
Um novo acordar, um novo engano
A beleza do mundo causa já dano,
Enquanto meu corpo acho já inabitável.
Paulo Alves