Trago uma Vida marcada
a sangrar dentro do peito,
trago uma Vida traçada
por um destino sem jeito!
Ai prantos, dores, lamentos,
delírios, sonhos no peito,
ai em mim doce tormento
desde a rua até ao leito!
Desde o leito até à morte
desde a Alma até ao corpo,
ai minha Vida sem sorte
e tua sorte em estar morto!
Na minha cama de nada
sangra dentro o meu peito,
a minha Vida marcada
por um destino sem jeito!
Sem jeito é o tormento
que arrefece o nosso leito,
o teu louco afastamento
ferida aberta no meu peito!
Ricardo Louro
No Café a Brasileira
no Chiado em Lisboa
À minha querida Maria Fernanda Quaresma Amante.
Ricardo Maria Louro