Enviado por | Tópico |
---|---|
Srimilton | Publicado: 05/12/2014 02:38 Atualizado: 05/12/2014 02:38 |
Membro de honra
Usuário desde: 15/02/2013
Localidade: Nenhuma
Mensagens: 1830
|
Re: tudo sobre rios e nadas sobre almas
Cada vez melhor, Mary!
Bjs. |
|
Enviado por | Tópico |
---|---|
visitante | Publicado: 09/12/2014 16:54 Atualizado: 09/12/2014 16:54 |
Re: tudo sobre rios e nadas sobre almas
Não canso de me montar nas pálpebras
Cansadas e nas cerdas do cabelo, não canso De ser exigente no que escrevo plo cotovelo, Canso de ser modesto não querendo sê-lo Não canso de arrepiar caminho nas costelas, De ser ferramenta de uma horta bera, Que só dá tabaco em vez de trigo amarelo Canso de transportar sonhos de taberna, Que me não dão equilíbrio, mas vertigens, De uma lerda batalha que não é mas é comigo, Não me canso de pôr a alma de escrever, Ardendo como se fosse carne viva e é o fundo De mim mesmo que escarro e vomito Num cadinho, qual não me dá nem o prazer, Nem o vinho fino, que é da memória A alma e a costela, de Aristóteles a direita. Não me canso de desmontar as palavras Secretas que me dão vida e serviram A humanidade justificada em certa Medida certificou a vontade e a morte Justificaram a fraqueza e a entrega O lado vazio e a hombridade cega A verdade nem sempre clara, a compaixão E o amor que não passam de lugar-comum Nada desejo de novo que não seja Ser eterno em algum lugar -mesmo de mentira- Porque no meu corpo não resta Mais a verdade garantida, entreguei-a Quando me expus no que disse E me afronta o que não falei Do que disse na esperança de que Me enganasse e de verdade começe Mesmo sendo poeta desta mil gente. Se algum dia lembrar além do que vivi, apresente No que disse o que cansei de ser afim Cansei de meu vinho, mau vinho Cansei dessa casta da mediocridade, do dó, Da crescente névoa, sem chão de roda, Não canso de pedir ao destino o meu Anel postiço de volta. Joel Matos (12/2014) Joel Matos (Jorge Manuel Mendes Dos Santos) Leia mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=283645 © Luso-Poemas (este inspirado aí mesmo9 |
|
|