Ary Bueno [ O Príncipe dos poemas e do amor ]
O tempo passa assim ligeiro
Pela sua janela, olho o alem
Vejo como tudo é passageiro
Coma ninguém é de ninguém
Penso, qual é do tempo a razão
Se é para a eterna purificação
Que vivemos o tempo em vão
Ou é para ter tempo de pedir perdão
Certo é, que enquanto ele vai
A vida pouco a pouco se esvai
Tudo que se perde não volta
E ninguém aqui se importa
Existe coisa que não morre
Por mais que o tempo corre
E só o tempo mostra a verdade
Que o tempo não mata a saudade