O SONHO
Maldita seja aquela madrugada
E o sonho que em mim ela aportou:
Estava moribundo e sem Luz
E Ela partira de vez e me deixou.
Sentei-me no leito, desesperado
E, logo que o Sol abriu, a procurei:
Pegando-lhe nas mãos, lavado em lágrimas.
Esse sonho terrível lhe contei:
-Eu sei, amor, que meu ocaso está chegando
E que a tua primavera está aí.
E Este sonho está me avisando.
-Mas o que será de mim, amor, sem ti?
-Sempre teu amor estarei lembrando
E sei também que em ti estou, como vivi.