Está criando,
Com o fervor dos desesperados,
Um futuro desenganado
Com cimento e aço.
Cria jazigos de luxo
Em cima do passado dos outros.
Não meu senhor,
Não é um belo prédio!
É a sepultura do nosso campo de peladas,
De minha pequena floresta,
Do cemitério de meus cães e gatos,
De minha infância e adolescência;
Esta laje fria é o pouso de pássaros
E insetos em desencanto.
O homem moderno e seu canto
De indulgência para com os mais fracos