Vejo o amor como algo incerto,
Me descompassa do próprio sentir,
Quantas vezes me ouviste mentir?
Só para te ver de mim mais perto.
Vejo o amor insano, eu mais louco decerto!
Anoitece! Quantas vezes me viste sorrir?
Só para tentar o choro do olhar exaurir
Ou me livrar da dor no peito aberto.
Quero ser o único louco a te amar!
Perder-me entre teu gênio de mulher e menina!
Com libidos incessantes de pureza pecar.
Encontrar-me em teu corpo que me alucina,
Todos os monstros da distância enfrentar,
Ver teu amor como única luz que a solidão ilumina.
Paulo Alves