Viveu sem vontade,
esperando do futuro
o que nem notava ter,
cultuando o passado
numa constante saudade...
E pensando em outros caminhos,
seguiu a estrada
sem perceber a paisagem,
reclamando das pedras
que estavam na beira
e dos espinhos
de possíveis sementes.
Antecedendo as dores
que nunca brotaram.
Se pôs vítima do mundo
sobre a mira de uma arma imaginária,
sentindo o cheiro da pólvora,
de um algoz que não havia!
De um mundo
que nem o via.
Foi menino, moço, homem...
mas quase sempre velho.
Não soube viver.
Descanse em paz... imbecil!
[::]
| |
( O )
( ___ )
GELComposições