RECORDAÇÂO PERSISTENTE
(Jairo Nunes Bezerra)
Assim desprezada ficou a tua rua,
Quando daqui partistes...
O cachorro que dormitava nela já não urra,
Morreu... Não mais existe!
Eras a alegria que reinava,
Transformando-a num amplo jardim...
Quando por ela passava,
Alegre, eu exalava o odor do jasmim!
Tudo agora é passado sem exuberância,
Daí a minha relutância,
Em navegar naquele espaço!
Mesmo assim ainda te busco,
O passado rebusco,
E do tempo recebo eterno descaso!