Doí-me na alma, por tudo quanto penso,
Tudo quanto não ouso saber de mim lamento!
Tudo o que sei se perdeu no momento
Em que deixei de sentir o amor como intenso.
Quimeras de outrora, hoje um peso imenso.
Mas ser feliz mesmo assim ainda tento,
Busco um consenso entre fé e sofrimento;
Caio em razões ou motivos despidss de alento.
Não almejo recordar tuas lembranças
Mas é-me impossível te esquecer,
Se memórias são tudo o que de ti tenho!
Tantas lágrimas por ti não contenho.
Tantos sonhos que quebrados me fazem a vida escurecer
Com manto negro todas as esperanças.
Paulo Alves