Ary Bueno [ O Príncipe dos poemas e do amor ]
Na madrugada, fria, caminho a esmo
Na rua, a solidão é tanta, que espanta
Sigo de vagar, falando comigo mesmo
Escuto o grito triste do galo que canta
Parece que o dia jamais vai nascer,
Pois tudo que eu tinha na vida acabou
E hoje nada sou, nada me anima a viver
Sou só um velho que o destino machucou
Não tenho rumo, não tenho algum amor
Não tenho casa, não sei até aonde irei
O corpo cansado, é todo cheio de dor
Mais teima em seguir, então seguirei
Sei que um dia vou parar de andar
E talvez, encontre a minha felicidade
Pois sei que nós vamos nos encontrar
E nos amarmos por toda a eternidade.....