fecharão os olhos nesse instante onde a partida
transforma-se ínfimo ponto engolido no horizonte
acaba-se mais um pouco
um porto decrescendo das enfunadas velas
que se ancoraram nuas em dias de versos regressos.
tanto que se quis conhecer verdes horizontes
longínquos que sempre levam a cais outros onde aportam delírios
cargueiros escravocratas de palavras submetidas às mãos das loucuras
agora que partiu o derradeiro sonho nem mais um ruído se ouve
pensamentos para um tempo retorno
nas ondas requebra-se o bucaneiro
nos mistérios do mar doados
amante de universos em derivas
a mar mergulhos ilusões
previamente apaga o olhar de um farol
já tão cedo é noite ...
rasgam-se diários de navegação.
Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.