Qual árvore depenada
De suas folhas viçosas e reluzentes ao sol
Ah! Que em meus olhos albergam nada
Nem os passos da alvorada
Nem o som do vento que as levou!
Sinto...
Que em mim algo quebrou
O cordão umbilical que se cortou
De laços tão fortes que nos acorrentou!
Chegou o sinal da hora
Das folhas esvoaçarem
Para em outros galhos florescerem
E eu, nua das minhas vestes
Nesta vasta solidão!
E elas... as folhas,
Tão quentes com os raios do sol
Que as levaram tão docemnte.
E, atiladamente vou recuperando
Desta ausência de folhagem
Por quem a minha alma tanto estremece.
Só com a minha solidão,
Não ouço os sons da madrugada
Os risos do sol acalentam- me
Solidários com a minha nudez anterior,
Moderam a minha luta desbravada
E num murmuro sábio...
Fazem reflectir quanta é a verdade
Desta minha saudade
Que sinto!
Tão quentes com os raios do sol
Que as levaram tão docemente.
E, atiladamente vou recuperando
Desta ausência de folhagem