Caminhos estreitos estes por onde passo
Arrastando as asas carregadas de cansaço
Pelo chão frio, lamacento, desnivelado,
Que me conduz cegamente para nenhum lado...
As paredes ásperas a que me seguro
descrevem marcas do passado e do futuro
Que aguarda o momento de ser revelado
A cada paragem que faço, a cada passo dado...
Caminhos estreitos por onde te procuro,
De solo desconhecido, amargo, inseguro;
De paredes solitárias, rasgadas com um traço
de desespero que não esquece o teu abraço...