CORDÉIS EM SEXTILHA.
Com um gatinho no colo,
Esta dama se desveste,
A vejo em corpo e alma,
Admiro seu lindo gesto,
Quero namorar com ela,
Se recusar-me protesto.
Tu beijas este mascote,
Minha mente pega fogo.
Eu nunca tive esta sorte,
Mas quero tentar de novo
Se desta vez me negares,
A minha vida resolvo.
Mamo na teta da vaca,
Para evitar confusão,
Pois teu bruto coração,
Me olhou com desacato,
Se eu fosse negro gato,
Arranharia tuas mãos.
Percebo tua euforia,
Num gesto alvissareiro,
Eu quero ser o primeiro,
A provar tua simpatia,
Pois a intensa alegria,
Nos ativa o guerreiro.
Quanta generosidade,
Para praticar teu gesto,
Metabolizas processo,
Parece contorcionismo,
Em ti não ah o cinismo,
Que nossa mente flerta.
Tudo está positivo,
É lúcido o manifesto,
Pois o homem criativo,
Acha água no deserto,
Faz a vida florescer,
Dar sentido ao incerto.
Cada coração um gesto,
Mas eu fico aturdido,
Nunca havia sentido,
Carinho deste tamanho,
O mundo anda estranho,
Desconfio do progresso.
A mulher que procriou,
E continua nos parindo,
Ela faz isto sorrindo,
Embora até sinta dor,
Este é um caso de amor,
Até hoje ressurgindo.
Ao musico o meu apreço,
Pela bravura de sempre,
De preparar para gente,
Quando faz sua criação,
Mo sentido da canção,
Enaltece nossa mente.
Se te vestes de amarelo,
O mundo ganha contornos,
Tua beleza é suborno,
Meus olhos ficam rasos
Então te peço socorro,
Pra me tirar do marasmo.
Enviado por Miguel Jacó em 23/11/2014
Código do texto: T5046404
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Miguel Jacó
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