Elevam-se ao expoente os sonhos corajosos
as rosas, que os lábios carregam
Primaveras libertas em mil aromas
coloridos, nos sentidos oscilantes…
Escorrem silêncios nas palavras,
esvoaçam folhas alaranjadas
nas raízes, de um relâmpago
abre as nuvens, que o horizonte escalou…
A luz intensa dos arbítrios,
encontros nos ombros da madrugada
questões de uma ilusão, na fantasia
das respostas inacabadas…
Prosas versejadas nos verdes campos
adocicados, nas mortalhas de um poema
onde as letras cantam, o amor como lema
na universalidade da intemporalidade…
Olho para o céu e o vento acaricia-me a face
sento-me no orvalho, aconchegante
do teu sorriso que é poesia em mim…
Para um ouvir atento, no momento
que o sol festeja o jardim da vida,
músicas polidas na imaginação
de um coração com hinos de serenidade…
Na claridade de um auge
nascente de água, numa sede sem fim
irrigação do primeiro ao último sangue,
união eterna nos sentidos
que nunca são ausentes,
porque nasceste para mim…
Não há silêncio entre nós
és o luar branco do meu pomar
fruta doce, no embalar dos meus dias
inspiração constante,
na cortante ventania do destino
que palmilhamos juntos até ao último dia…
A luz que a tua alma imana
é a profecia executada, nas cores
floridas que só as almas divinas
escutam, os hinos angelicais
um mensageiro sem asas que voa,
infindavelmente em pedaços amplos de amor!
"Branco silêncio das minhas mãos" Ana Coelho
(© ao abrigo dos direitos de autor)
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...